sexta-feira, 8 de outubro de 2021

VIELAS DO FADO


VISITA GUIADA COM O SUGESTIVO TÍTULO : VIELAS DO FADO:

Após mais de 20 meses de isolamento forçado, por uma pandemia que teima em não desaparecer, a ANAC decidiu aderir a um evento que nos foi apresentado pela Agª Abreu, já nossa conhecida, e que prometia levar-nos por alguns bairros e recantos da capital, com muitos motivos de interesse, mas tendo como fundo homenagear nesta data os 22 anos da morte da “ Diva “ Amália Rodrigues, e pelos caminhos do fado recordando outros ícones  como Severa, Fernando Maurício , nomeadamente, Mouraria e Alfama.

Dezanove corajosos sócios responderam à chamada e após concentração no «Martim Moniz», partimos pelas 10 horas da manhã à descoberta;

Tínhamos a aguardar-nos a excelente guia Filipa que começou por nos dar uma pequena lição de história, relembrando o que foi o Martim Moniz, noutros tempos , a luta com os Mouros, as próprias características da zona  com a Ribeira de Arroios a permitir ali o desenvolvimento agrícola, passando pela muralha Fernandina da qual se mantém uma torre no Martim Moniz e até à atualidade, fazendo-nos notar que atualmente vivem cerca de 50 comunidades diferentes naquele Bairro, tendo à cabeça os naturais de Bangladesh e Nepal, entre muitos outros. Começámos  a calcorrear o bairro da Mouraria, subindo  pela rua do Capelão, olhando os pequenos recantos e subindo quase até a Graça. Recordámos o primeiro filme sonoro feito em 1931 “ A Severa”, o cinema Piolho ali no Martim Moniz, enfim, recordações doutros tempos. Mais tarde junto ao palácio Marquês de Ponte de Lima, fomos brindados com uns ótimos pastéis de nata, cortesia de Jorge Santos (agência Abreu, que nos tem acompanhado inúmeras vezes) para recuperação de forças e recomeçámos a andar pela Rua das Farinhas fazendo uma pequena paragem no Solar de S. Cristóvão “ O Almeida”, gente simpática onde alguns aproveitaram para um café e outros para visitar os sanitários..  

Caminhámos em direção ao museu do fado e, na Rua da Regueira, na  loja Pátria Rústica fomos surpreendidos com uma ginjinha em copo de chocolate que caiu maravilhosamente. Depois, perto do museu do fado apanhámos o autocarro que nos levou até ao restaurante Cozinha da Estação no Rossio, casa simpática e com excelente serviço, onde fomos atendidos com eficiência e simpatia. No fim tivemos a surpresa de poder visitar dentro da própria estação o salão onde o Rei D. Carlos aguardava o comboio. Excelentes vistas para o Teatro D. Maria  e Rossio.  

Para terminarmos em beleza, tomámos o autocarro para a Rua de S. Bento em direção à  casa museu da Amália – Fundação Amália Rodrigues.  Depois da visita à casa da Amália em grupos de seis elementos, com segurança fomos brindados nos jardins da casa com uma  audição de fados através da excelente intérprete Célia Leiria, acompanhada à guitarra por Pedro Amendoeira  e à viola por  Pedro Ferreira, num espetáculo que se prolongou até próximo das 18.30. No  início e no intervalo do espetáculo bebemos um moscatel e pudemos saborear um pastel de bacalhau e um copo de vinho para reviver velhos tempos e hábitos. Nos fados mais conhecidos foi pedido o apoio de público que tentou colaborar, apesar de estarem todos um pouco enferrujados. Este tempo de isolamento também nos afetou as gargantas. E assim acabou a jornada. 

Penso que todos regressaram a casa felizes, por um dia diferente de convívio.

Um abraço para todos os sócios e um até breve.

Domingos Martins 

Veja aqui algumas das fotos e vídeos obtidos.
Veja também a transmissão em direto no Facebook.

Obrigado a quem nos enviou estes excelentes documentos


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